NILO SÉRGIO PINHEIRO
Conselheiro Perpétuo da Casa do Penedo
Advogado e historiador
Nenhuma mulher até começo do século XIX, nem mesmo uma prostituta estabelecida em um bordel de alta classe, teve a ousadia de superar dona Carlota Joaquina na arte do relacionamento sexual excessivo. Durante a sua permanência no Brasil ela escandalizou o Rio de Janeiro de uma maneira pavorosa e exagerada para os pobres padrões da época.
Sexo era a sua primeira necessidade. E o que era pior, poderia ter sempre os homens que desejasse. A sua compulsão tinha um exagero que ninguém na época podia explicar ou mesmo compreender. Para ela sexo era de uma importância tão crucial que ficava doente quando não tinha alguém para aplacar a fúria de seu apetite descomunal. Isso ela transferiu sem dúvida para o seu primogênito, Dom Pedro I. Não se importava com a quantidade de homens que poderia ter, mas a virilidade de alguém que pudesse contentar a sua tenebrosa ânsia sexual.
Quando se via obrigada a manter relações com alguns homens que escolhia a dedo, procurava sempre saber qual deles realmente tinha o poder de fazê-la chegar ao extremo prazer. Ninfomaníaca, tinha orgasmos sucessivos e apavorantes, chegando mesmo a morder violentamente seus parceiros, tirando sangue com suas dentadas bastante doloridas. Certa vez, no Rio, mordeu tanto um escravo diferenciado que este morreu dias depois de septicemia. Por causa disso procurou controlar os seus excessos convulsivos, tornando-se menos agressiva, ganhando sobremaneira com isso.
Quando chegou ao Rio, em 1808, dona Carlota se surpreendeu enormemente com os homens brasileiros, incluindo os escravos e libertos. Desesperada durante toda viagem transatlântica, a rainha portuguesa, de origem espanhola, amaldiçoava Dom João VI por ter aceitado a imposição da Inglaterra que queria a qualquer custo, que eles viessem para o Brasil. Ela queria mesmo era ter ido para Londres onde poderia estabelecer suas orgias com os anglos saxônicos. Não que Dom João VI não quisesse ir também para a Inglaterra.
O quinto dos infernos, como era conhecido o Brasil em Portugal, “era uma terra selvagem e sem a menor possibilidade que ali pudesse viver uma vida igual a das cortes européias”. Carlota Joaquina estava tão revoltada que até pensou em suicídio. Durante toda a viagem, ela teve que se submeter a contragosto a uma quarentena de abstinência sexual, já que o espaço superlotado do navio não dava para dar as suas escapulidas rotineiras. Havia muito tempo que ela não mantinha relações sexuais com Dom João, que, bastante amargurado com a constante infidelidade da mulher, praticamente deixou de procurá-la.
Carlota sempre achou que seu marido não era homem para aplacar a sua fúria sexual. E dom João não era mesmo. A verdade nisso tudo é que a maior parte dos filhos oficiais de ambos não era de Dom João VI. Filho dos dois, e coisa comprovada, era Dom Pedro I, que, moreno, era o único parecido com o rei.
Após a longa e tenebrosa travessia – com toda tipo de desagradáveis situações -, eis que a comitiva chega ao Rio de Janeiro. Carlota e dom João se estabeleceram na quinta da Boa Vista indo os demais acompanhantes se alojarem nos variados sobrados onde os antigos donos foram obrigados a deixá-los por imposição real. Dois dias após a chegada, Carlota quis conhecer as redondezas da cidade, indo também conhecer as exuberantes matas tropicais. Conta que nesse mesmo dia, ela teria começado no Brasil a sua carreira como devoradora de homens.
Por onde passou escolhia alguns homens que achava interessante, obrigando-os a acompanhar a comitiva imperial. Num determinado local, à beira da hoje lagoa Rodrigo de Freitas, ela mandou armar um alpendre. E sob o sigilo de morte para a sua guarda pessoal ela começou a provar a sexualidade do homem brasileiro. Papou seis em menos de duas horas. O último a ser devorado, um mulato de nome Luiz Ernesto Prazeres, era um garanhão ainda donzelo, mas que fez dona Carlota gritar de prazer.
3 comentários:
Que coisa! Não aprendemos nada disso na aula de História heheh. O MEC tem que mudar a forma de ensino no país. hehe
Grande abraço :)
olha...rs
que historia heim...rs
adorei teu blog...e fiquei curiosa com o titulo da postagem
sabia que o estoria foi abolido???
isso mesmo...rs
Historia é para fatos reais, e estória para os causos fictícios e afins, so que como nesse país
a gente fica cada dia mais pobre, até na lingua
o estoria foi abolido, pode-se usar o historia para os dois casos
fui pesquisar quando me falaram isso, pura verdade...rs
um abraço
É que não era hoje...senão apagava o fogo rapidinho
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