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sábado, 22 de novembro de 2008

SEMEANDO VERDADES, DESMASCARANDO MENTIRAS

Amigos,


"Todos os dias, um homem viajava cinquenta minutos de ônibus para ir ao trabalho. Uma senhora também viajava no mesmo ônibus e, constantemente, sentava-se perto de um janela. Ela, então, abria a bolsa, tirava um pacotinho e passava a viagem toda jogando alguma coisa para fora. A cena sempre se repetia e um dia, curioso, o homem lhe perguntou o que jogva pela janela.


- Jogo sementes – respondeu ela.


- Sementes? Sementes de quê?


- De flor. É que eu olho para fora e estrada é tão vazia… Gostaria de poder viajar vendo flores por todo o caminho. Imagine como seria bom!


- Mas as sementes caem no asfalto, são esmagadas pelos pneus dos carros, devoradas pelos passarinhos… A senhora acha mesmo que estas flores vão nascer aí, na beira da estrada?


- Acho, meu filho. Mesmo que muitas se percam, algumas acabam caindo na terra e com o tempo vão brotar.


- Mesmo assim… Demoram para crescer e precisam de água…


- Ah, eu faço minha parte. Sempre há dias de chuva. E se não jogar as sementes, aí mesmo é que as flores nunca vão nascer.

Dizendo isso, a velinha virou-se para a janela e recomeçou o seu “trabalho”. O homem desceu logo adiante, achando que a senhora já estava meio caduca.


O tempo passou. Um dia, no mesmo ônibus, sentado à janela, o homem levou um susto ao olhar para fora e ver flores na beira da estrada. Muitas flores… A paisagem estava colorida, perfumada, linda. O homem lembrou-se da velhinha, procurou-a no ônibus sem a encontrar. Perguntou por ela para o cobrador, que conhecia todo mundo.


- A velhinha das sementes?


- Pois é, morreu de pneumonia no mês passado.


O homem voltou para o seu lugar e, olhando a paisagem florida pela janela, pensou: “Quem diria, as flores brotaram mesmo"! Mas de que adiantou o trabalho da velhinha? A coitada morreu e não pôde ver esta beleza toda.


Neste instante, o homem escutou uma risada de criança. No banco da frente, uma garotinha pela janela, entusiasmada, dizia:


- Olha, que lindo! Quanta flor pela estrada… Como se chamam aquelas flores?


Então, o homem entendeu o que a velhinha tinha feito. Mesmo não estando alí para contemplar as flores que tinha plantado, a velhinha devia estar feliz. Afinal, ela havia dado um presente maravilhoso para as pessoas. No dia seguinte, o homem entrou no ônibus, sentou-se numa janela e tirou um pacotinho de sementes do bolso"…

Quem não procurar semear a verdade, jamais colherá os frutos de seus desejos. A mentira tem pernas curtas. Nada construimos quando nosso desejo é apenas o de falsear a verdade.
Não me interessa o porquê, mas as notícias a meu respeito propositalmente plantadas em colunas de respeitados jornais (envolvendo meu nome e de outros colegas do MP) padecem de um defeito crônico: a deliberada distorção da verdade.
Mesmo quando noticiam um fato verídico, incorrem no erro primário de torná-lo inverídico pelo posterior falseamento de tal fato. A mim pouco importa!
Prefiro agir como a velhinha da história do belo texto citado… Semear o otimismo, a verdade e a esperança, pois os rancores e as desavenças, deixo-os para os que deles se alimentam.
Forte abraço a todos e vamos continuar caminhando no rumo certo!

GEORGE

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